História da Raça
O Braco Italiano, considerado um dos Apontadores mais antigos, é um dos dois cães de tiro naturais da Itália (o outro é o Spinone). A sua origem é incerta, mas há sinais que podem sugerir um passado remoto. Alguns autores salientam os documentos encontrados que datam os séc. IV e V aC. Outros há que sugerem que os comerciantes Fenícios introduziram na Itália o Hound Egípcio que constitui hoje um dos ascendentes do Braco.
Durante a Idade Média, crê-se que participavam na caça com rede e, mais tarde, igualmente na de falcões. No período Renascentista, o Braco constituiu uma oferenda das classes dirigentes italianas para as da França e Espanha, que o admiravam pela sua elegância e nobreza.
Pensa-se que a raça se desenvolveu na Lombardia e em Piemont, sendo resultado do Sabujo Italiano e de antigos Mastins asiáticos. No séc. XVII a raça havia-se estabelecido como cão de tiro, sendo utilizada para apontar, correr e caçar.
Durante muito tempo, o Braco Italiano foi um cão admirado e reconhecido na sua terra natal. Não só pela sua aparência atraente, mas também pela forma como conciliava o papel de cão de caça com o de cão de família. Com a chegada dos tempos modernos, a raça foi testemunhando o declínio da sua popularidade e, com o despontar das duas Guerras Mundiais, enfrentou o perigo de extinção.
Após a II Guerra Mundial, Paolo Ciceri implementou um programa de criação para recuperar esta linhagem, no seu canil chamado dei Ronchi. Em 1989, chega ao Reino Unido a primeira cria (o Zerbo) e, durante a década de 90, muitas outras se seguiram, mas hoje a criação da raça neste país não é muito expressiva.
Atualmente o Braco Italiano é utilizado não só como cão de caça, mas também participa em exposições, competições e concursos e como cães de terapia. Hoje em dia, são reconhecidos pelo United Kennel Club, pela North American Versatile Hunting Dog Assotiation, pela Federation Cynologique Internationale e, obviamente, pelo Ente Nazionale della Cinofilia Italiana.