História da Raça
A origem exata do West Highland White Terrier (porque um nome tão grande para um cachorrinho tão pequeno? Talvez seja para tentar se igualar ao tamanho da personalidade destes adoráveis peludinhos!) não é muito bem documentada, mas é aceito, de um modo em geral, que os Westies sejam uma derivação direta de outra raça tipicamente escocesa, os Cairn Terriers.
Até o século 19, os criadores e caçadores que usavam o Cairn Terrier acreditavam que os filhotes de pêlo branquinho eram, mais fracos e menos hábeis na dura tarefa de exterminar os roedores e raposas da região. Como conseqüência era muito comum que os filhotes de pelagem branca fossem mortos logo que nasciam.
Esta prática talvez nunca tivesse sido interrompida se não fosse por um acidente. Segundo a história, a salvação dos Westies teria sido atribuída ao Coronel Edward Donald Malcom de Poltalloch, que durante uma caçada acabou por atirar em seu cachorro predileto e mais amigo, um Cairn Terrier de pelagem escura e avermelhada, quando o confundiu com uma raposa. A partir deste dia o Coronel Malcom teria decidido dedicar-se a criação dos cachorros mais clarinhos, uma vez que eles seriam visualizados mais facilmente, distinguindo-se das folhagens e da presa. Foram precisos muitos anos até que a pelagem branca fosse atingida com perfeição. Estes cães passaram a ser chamados de Poltalloch Terrier. Depois eles também foram chamados de White Scottish Terrier e de Roseneath Terrier, numa referência ao estado do Duque de Argil, um famoso apreciador da raça que também contribuiu enormemente para a definição do padrão da raça como conhecemos hoje.
Na verdade os Westie percorreram um longo caminho para chegar onde chegaram.
Os shows de cães começaram na Inglaterra no ano de 1859 e, naquela época, todos os terriers que vinham da Escócia eram apresentados como sendo Scotch ou Scottish Terrier. Durante os anos de 1899 e 1900 foi criado o "White Scottish Terrier" Club, ou seja, o Clube de Scottish Terrier Branco, mas nem todos os criadores de terriers de cor branca estavam de acordo sobre o nome do clube e da raça.
Foi em 1904 que finalmente eles se uniram para conseguir o reconhecimento da raça junto ao Kennel Club, foi neste ano também que o Westie participou pela primeira vez de um show do Scottish Kennel Club. Os Westies foram registrados e apresentados com o seu nome oficial, pela primeira na Inglaterra em 1907, no Crufts.
Uma curiosidade é que mesmo sendo apresentada como uma raça em separado desde o início do ano de 1900, até 1925 filhotes de Cairn Terrier nascidos com o pêlo branco eram registrados como Westies.
Como a grande maioria das raças de cães, o desenvolvimento do Westie sofreu um grande revés durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1916 os shows de raças foram suspensos e em 1917 as criações foram proibidas.
Durante a guerra a maioria dos cães foram mortos e muitos criadores como a escritora May Pacy preferiram matar seus cães a vê-los morrer lentamente de fome, já que todo alimento era severamente racionado. Ao final da Primeira Grande Guerra, poucos Westies haviam sobrevivido e estes foram usados para retomar o processo de criação e desenvolvimento da raça.
Em 1920 foram reiniciados os shows e até 1939 a raça atingiu o seu pico de sucesso. Com o estouro da Segunda Guerra Mundial os shows foram novamente suspensos e embora também houvesse racionamento de alimentos, desta vez a criação de cães não foi banida.
Nos Estados Unidos a raça foi introduzida em 1908, no entanto, eles só se tornaram populares a partir dos anos 60. Os Westies são relativamente fáceis de manter.
Além do West Highland White Terrier, as outras raças de terriers cuja origem é a Escócia são o Scottish Terrier (que junto do Westie formam o par de cachorrinhos do whisky "Black and White"), Skye Terrier, Cairn Terrier e o Dandie Dinmont Terrier.