A Raiva canina é uma das principais Zoonoses conhecidas.
É uma doença viral infecciosa aguda que acomete todos os mamíferos (inclusive o homem) propagando-se através dos nervos periféricos até que atinge o sistema nervoso central e as glândulas salivares, onde o vírus RNA, pertencente à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, se multiplica.
Apesar de existir uma possibilidade de contágio pelo contato entre mucosas intactas, a forma mais comum de transmissão é através da mordida de um animal infectado a um animal saudável ou do animal infectado ao homem, podendo também ocorrer pelo contato da saliva do animal infectado com arranhaduras ou feridas na pele do animal saldável ou do homem.
Fundamentalmente, há três tipos de Raiva nos animais domésticos: raiva furiosa, raiva paralítica e a Raiva muda, silenciosa ou atípica.
O período de incubação, da doença depende da quantidade de vírus inoculado e da localização do ponto de inoculação, quanto mais próximo do sistema nervoso central for a mordida menor será o período de incubação, que pode oscilar de 2 a 8 semanas, apesar de serem conhecidos períodos mais curtos e mais longos.
O animal demonstra alterações sutis de comportamento:
Desatenção - por vezes, não atende nem ao próprio dono.
Ocorrem nessa fase um também ligeiro aumento de temperatura, dilatação de pupilas e os reflexos das córneas lentos.
Raiva Furiosa – é caracterizada por angústia, inquietude, excitação, tendência à agressão (morde objetos, outros animais e o próprio dono), alterações do latido (latido rouco), dificuldade de deglutição, sialorréia “excesso de produção de saliva o animal baba”, tendência a fugir de casa, excitação das vias geniturinárias, irritação no local da agressão, descoordenação motora, crise convulsiva, paralisia, coma e morte.
Raiva Paralítica – A fase de excitação ou é ausente, inaparente ou curta, busca de lugares escondidos ao abrigo da luz (fotofobia), sintomas predominantes paralíticos, que se iniciam pelos músculos da cabeça e pescoço, paralisia dos membros posteriores, estendendo-se por todo o corpo do animal, dificuldade de deglutição, sialorréia “excesso de produção de saliva o animal baba”, coma e morte. Deve-se considerar que os sinais e sintomas das diferentes apresentações não seguem, necessariamente, sequências obrigatórias ou apresentam-se em sua totalidade. O curso da doença dura em média dez dias e o animal pode estar eliminando vírus na saliva desde o 5°dia antes de apresentar os primeiros sintomas. Em consequência das características da doença, o animal raivoso é facilmente atropelado em vias públicas, o que exige muito cuidado ao prestar socorro a um animal.
Raiva Silenciosa – Os sinais nesta forma são quase sempre indistintos, o animal por fim se isola e vem a óbito sem que seja diagnosticado com a doença.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, o animal que apresente os sintomas deve ser isolado, e observado enquanto o material colhido é analisado, no caso do resultado ser positivo para doença, o animal deverá ser eutanasiado.
TRATAMENTO
Uma vez instalada a doença não há tratamento específico e a letalidade é de 100%.
Existe um tratamento anti-rábico que é exclusivamente imunoterápico e não tem nenhum valor quando há a doença; esse tratamento destina-se à animais de grande estima ou de valor econômico sendo que o procedimento de escolha é aplicar 0,5ml/kg de soro hiperimune e no dia seguinte iniciar uma série de três doses simples da vacina Fuenzalida, intercaladas de um a dois dias. Este tipo de tratamento não é realizado no Brasil.
A conclusão é simples o único remédio neste caso é a prevenção, proteja-se a sim mesmo e a sua família, vacinando aos seus animais de estimação prevenir é sempre o melhor remédio.
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