É de suma importância a observação comportamental, para identificação da Sindrome de Mutilação Acral, ou Automutilação Acral, sendo que seus principais sinais são:
- Cães que lambem seus corpos excessivamente
- Cães com queda de cabelo (Alopsia) - Excessiva lambedura, mastigar, morder e excesso de higiene podem levar a um cão desenvolvimento falhas no pelo e manchas de pele em áreas do corpo. Alguns cães lambem e mordem as pernas até a pele se soltar, podendo deixar exposto até aos ossos. Cães estressados também podem arrancar seu próprio pelo.
- Problemas na pele (Irritação da pele, tais como erupções cutâneas, feridas e lesões é tanto um sinal como pode ser uma causa de automutilação).
- Manchas na pele - Olhe para peles manchadas, especialmente na camada abaixo. Ela pode ser marrom, vermelha ou rosa-tingido. Lesões desenvolvidas a partir da mastigação também pode manchar a pele com sangue.
- Lesões na cauda - Muitos cães perseguem suas caudas, mas não mordem a cauda cada vez que pega. Mordedura da cauda é um problema que causa lesão à cauda e pode requerer amputação parcial se a lesão for grave o suficiente.
O diagnóstico, embora pareça simples, é um desafio para o clínico veterinário. Ao contrário do que se verifica em humanos com distúrbio compulsivo obsessivo, nos cães, além dos sintomas e lesões clinicamente evidenciados, depende-se também das informações dadas pelos proprietários, o que coloca o clínico diante das dificuldades enfrentadas pelos psiquiatras infantis.
Em cães o diagnóstico é clínico, sendo os exames complementares (exames radiográfico, exame histopatológico, entre outros) os mais utilizados para ajudar a eliminar uma causa de base.
O exame clínico e os exames complementares iniciais podem ser normais se houver suspeita de neuropatia sensitiva. As funções endócrinas e metabólicas devem ser avaliadas com testes sorológicos apropriados.
A eletromiografia com agulha poderá ser executada, mas seu resultado será normal se a porção motora do nervo periférico estiver inalterada. A condução nervosa sensitiva motora é a melhor forma de se diagnosticar efetivamente uma neuropatia periférica sensitiva. O exame neurológico básico é essencial para qualquer animal com distúrbio comportamental
Ao analisar deve-se unir as características da lesão, a origem do animal, a idade do animal quando adquirido, o manejo, como exercícios, confinamento, alimentação, o ambiente, os acontecimentos, o histórico médico anterior, o hábito da família e o relacionamento do paciente com os familiares e outros animais e com o próprio dono, bem como a busca de uma alteração orgânica que são essenciais para o diagnóstico de um distúrbio comportamental.
As considerações mais importantes no histórico comportamental oral estão relacionadas a seguir:
- Descrição detalhada do comportamento do paciente, antes, durante e depois da lambedura;
- A facilidade ou situações com as quais o problema comportamental pode ser interrompido e a tendência para o retorno do comportamento;
- Revisão do ambiente caseiro, incluindo pessoas e outros animais no lar;
- Locais, circunstâncias e estímulos desencadeantes associados com o problema comportamental;
- Tipo, quantidade e frequência de exercícios;
- Revisão do histórico médico, observando qualquer medicação que esteja sendo administrada.
O aparecimento de lesões em outras partes do corpo quando se impede o acesso do paciente à lesão primária é uma forte evidência para o diagnóstico de dermatite por lambedura.
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