A origem do Dogue Alemão é bastante remota, sendo descendente dos Molossos Romanos. Já na idade média há referências de sua utilização na caça ao javali, como guarda-costas e até lutando contra touros.
No século XIX, o cão chamou atenção de um criador, Bismarck, que tinha grande admiração pelo Mastiff e pelo Grand Danois, que vieram a dar origem ao Dogue como conhecemos hoje. O Dogue Alemão foi apresentado pela primeira vez numa exposição em 1863, em Hamburgo.
Embora também seja conhecido como Dinamarquês (especialmente pelos países de língua inglesa), o Dogue Alemão não tem nada haver dom a Dinamarca e a raça, como é conhecida hoje, foi desenvolvida na Alemanha há cerca de 400 anos. Mas a estória do Dogue Alemão parece ser muito mais antiga do que isso. Desenhos de cães com as mesmas características do Dogue Alemão atual já foram encontrados em monumentos egípcios que datam de 3.000 anos antes da era cristã.
Além da controvérsia no nome, a origem exata dos cruzamentos entre os cães que teriam gerado o Dogue Alemão também é incerta. Enquanto que muitos aceitam que o Dogue é produto do cruzamento entre o Wolfhound Irlandês com o Mastiff Inglês, alguns zoólogos acreditam que todos os cães que possuem as mesmas características do Dogue Alemão são originários do Tibete e que a raça seria originada do cruzamento entre o Mastiff Tibetano e o Mastiff Inglês. Outros acham, ainda, que a raça é fruto do cruzamento entre Greyhound e Mastiff Inglês.
Seja como for, o Dogue Alemão é um cachorro grande e dócil. Elegante e poderoso, eles já tiveram várias utilidades ao longo dos tempos. Já foram usados para caçar javalis selvagens, como cães de guarda, cães de guerra e até para controlar gado. Hoje em dia, "O Apolo do Cães" tem uma vida mais fácil como excelente cão de companhia.
O Dogue Alemão ou Grand Danois, como também é chamado é um ótimo cão de família porque possui um temperamento estável, calmo e gentil. Desenvolve uma excelente relação com as crianças de todas as idades.
São cães inteligentes que aprendem rapidamente e que funcionam muito bem como cães de guarda, até porque a sua aparência imponente impõe o devido respeito, é extremamente ágil apesar de seu tamanho, o que facilita a cobertura de grandes áreas de terreno. Chegando a medir quase um metro de altura e pesando até oitenta quilos, pode derrubar um homem com grande facilidade.
Convém que seja bem inserido no seio familiar de maneira que se sinta bem e que seja devidamente treinado durante o seu crescimento. É um animal muito brincalhão e alegre que as vezes se “esquece” da sua força. Acima de tudo, é leal e muito afetivo para com todos os membros e amigos mais chegados da família.
A raça ficou conhecida em todo mundo graças a seu representante mais famoso, o brincalhão, comilão, medroso e atrapalhado Scobydoo.
O Dogue Alemão desde que vacinado corretamente, como outros cães de grande porte tem uma expectativa média de vida de até nove anos, mas como todo cão de grande porte possui tendência a ter alguns problemas de ordem genética ou mesmo em função de seu tamanho e que merecem ser observados são eles:
Megaesôfago – Possivelmente de origem hereditária, é provoca acúmulo dos alimentos no esôfago e provoca a dilatação do órgão. Neste caso, o cão regurgita com frequência, apresenta nítido desconforto após as refeições, perde peso e está sempre com fome, o que pode levar o cão até a morte por inanição e pneumonia.
Torção de Estômago – Rotação do estômago sobre o seu eixo quando há um grande aumento do seu volume. O cão fica ofegante, com muitos gases, estufa rapidamente e pode morrer em poucas horas. Recomenda-se colocar o alimento em vasilhas mais altas e em quantidades menores evitando-se que o cão coma muito rápido e que se abaixe muito para alimentar.
Higromas – Provocado normalmente por excesso de peso, faz com que apareçam bolsas flácidas e inflamação nas articulações do cotovelo, principalmente se o cão se deita sobre superfícies muito duras, que atritam os ossos. Para evitar a ocorrência, o dono deve acompanhar com rigor a alimentação do cão a fim de que ele não engorde de forma exagerada.
Osteodistrofia hipertrófica – perda de apetite, febre alta, inchaço das articulações e dificuldade de locomoção, causado, aparentemente pelo excesso de cálcio e, principalmente em filhotes.
Dermatite – O tipo mais registrado no Dogue é a seborreia, com descamação da pele, que pode estar muito oleosa ou muito ressecada.
Calos – São uma proteção das articulações ao atrito, provocado principalmente pelos pisos de cimento e aparecem devido ao grande peso dos Dogues. Deve-se evitar que o cão durma em camas duras.
È bom também ficar atento para a displasia coxofemoral que pode também ocorrer porém com pequena frequência.