História da Raça
O Cão dos Pirenéus é uma raça antiga descendente de molossóides oriundos da Ásia Central, trazidos para a Península Ibérica há mais de 5 mil anos. O primeiro registo da raça data do século XIV onde é descrita como guardiã de castelos por Gaston Phoebus. Esta raça é por vezes confundida com o Mastim dos Pirenéus, mas tanto a história das duas raças como a conformação, mostra que são cães distintos.
O Cão dos Pirenéus permaneceu nas montanhas a grandes altitudes, onde era utilizado como cão de guarda de rebanhos, função para a qual necessitava de uma coleira de espetos para se proteger de lobos e outras feras.
Mas foi a sua apetência para a guarda de castelos que tirou esta raça do anonimato. Uma das raças preferidas da realeza francesa, o Cão da Montanha dos Pirenéus era especialmente apreciado por Louis XIV que atribuiu à raça o título de Cão Real da França em 1675. A partir desta altura, todo o nobre que se prezasse tinha de ter um cão desta raça.
O Cão dos Pirenéus começou a perder popularidade no século XIX, pois o estilo de vida praticado não exigia mais um guarda de castelos. Curiosamente, enquanto a raça entrava em declínio na Europa, na América dava origem outras novas raças, incluindo o Terra Nova. O General Lafayette levou dois exemplares destes cães em 1824 para os Estados Unidos da América, e em 1843 foram introduzidos na Austrália para guardar os rebanhos numa exploração em Hamilton.
Na Europa, o Cão dos Pireneus ficou novamente reduzido à sua população na montanha, sobretudo na região basca. Aí executava o seu dever como protetor dos rebanhos, mas também era utilizado como cão de busca e salvamento em situações de avalanche, cão de trenó e cão de propriedades. No século XX, a raça foi novamente descoberta e desceu mais uma vez as montanhas para povoar as regiões francesas como cão de guarda e estimação. Em 1923, foi formado o primeiro clube da raça, situado na França. Em 1927 foi redigido o primeiro padrão da raça.
Estes cães ainda foram utilizados na 2ª Guerra Mundial como cães mensageiros por unidades francesas baseadas nos Pirineus e participaram de acasalamentos visando recuperar a raça São Bernardo.