A Hepatite Infecciosa Canina (HIC) é uma doença viral de cães e de outras espécies das famílias Canidae e Ursidae (cães e ursos) causada por adenovírus canino 1 (CAV-l). Cães afetados apresentam febre entre(39,4-41,1°C), anorexia, latidos frequentes, dor abdominal, tonsilite (amgdalite), membranas mucosas pálidas e sinais clínicos de distúrbios neurológicos. A morte pode ocorrer de forma superaguda ou aguda. Na forma aguda a evolução pode ser de apenas algumas horas e os sinais clínicos podem não ser percebidos. Formas subagudas, leves e inaparentes também já foram descritas. A taxa de letalidade varia entre 12% a 25%. O diagnóstico clínico de HIC é difícil devido ao curso superagudo ou agudo da enfermidade e a pouca especificidade dos sinais clínicos.
Esta doença foi, primeiramente, descrita em raposas e só depois em cães. Apenas no ano de 1947, Rubarth levou em conta a possibilidade de se considerar a encefalite enzoótica das raposas e a hepatite infecciosa dos cães como sendo a mesma doença.
Sua transmissão se dá através da via oronasal, sendo que este vírus encontra-se em todos os tecidos e durante a infecção, é eliminado através de todas as secreções corporais. É eliminado durante 6 a 9 meses na urina após o animal se recuperar. É extremamente resistente à disseminação e à inativação, permitindo ser disseminado através de fômites (substancia inanimada capaz de reter e transmitir doenças, ex: roupas, coleiras, vasilhas de comida etc...) e ectoparasitas.
Depois que entra no organismo do hospedeiro, este vírus se dissemina para todos os tecidos, alojando-se especialmente nos hepatócitos (células do fígado capazes de reter proteínas) e células endoteliais (células que recobrem o interior de vasos e capilares sanguíneos). As lesões causadas nestas últimas células podem afetar qualquer tecido, mas afeta preferencialmente endotélio da córnea ocular, glomérulos renais e endotélio vascular.
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