Acredita-se que o tipo antigo da raça Lhasa Apso tenha nascido na região da Malásia, há mais de quatro mil anos atrás. De acordo com esta teoria, cães deste tipo teriam sido domesticados há cerca de dois mil e oitocentos anos atrás, o que a tornaria uma das mais antigas raças reconhecidas em todo o mundo. De acordo com estudos recentes, o Lhasa Apso faria parte do seleto grupo de raças estreitamente relacionadas com o seu ancestral direto, o lobo.
Criada durante séculos apenas pelos nobres e monges do Tibete. “Lhasa” é o nome da cidade sagrada da região e “Apso” pode ter como origem a cabra, devido à pelagem lanosa, ou “leão”, devido ao seu papel de protetor de templos.
Suspeita-se também que a raça pode ter se iniciado também a partir do cruzamento entre o Spaniel e o Terrier Tibetano, o Lhasa Apso vivia nos mosteiros budistas em seu país de origem, pelo menos até a anexação do Tibete à República Popular da China. Enquanto os grandes Mastins Tibetanos guardavam as entradas dos mosteiros, o Lhasa Apso era responsável por alertar ao menor sinal de movimentação externa, auxiliado por sua aguçada audição e latido agudo, servindo aos moradores como um excepcional cão de alarme.
O Lhasa Apso é considerado um cão sagrado na sua Terra Natal. Os tibetanos acreditam que a alma de um homem virtuoso descansa no seu animal preferido, depois de morrer. Como guarda de templos e mosteiros, ladrando furiosamente a desconhecidos, o Lhasa Apso é tido como um amuleto de boa sorte, mas teria de ser oferecido, não podia ser comprado.
Mais tarde, o Lhasa Apso foi muito bem aceito na corte imperial chinesa, a que chegava desde o Tibete como "oferenda tributária". Já na China, contribuiu para a criação da raça Shih Tzu.
Estes cães permaneceram desconhecidos do resto do mundo até ao início do século XX. Por volta da década de 20 do século passado, Dailai Lama começou a procurar apoios internacionais para a causa tibetana e ofereceu alguns cães desta raça como presente a diplomatas, sobretudo a britânicos.
A raça só se tornaria conhecida nos Estados Unidos da América uma década mais tarde. Mas a popularidade que conheceu foi imediata e em 1935 já tinha sido reconhecida pelo AKC, apesar de ter sido mal classificado como Terrier.
O Lhasa Apso tem uma personalidade interessante, Ele é um cão feliz, pernicioso, e brincalhão; ele também é l, independente e feroz. Ele assume o papel de guardar sua casa e família a sério; ele também leva um longo tempo para amadurecer, e mesmo assim ele permanece um tanto criança até a velhice.
O Lhasa pode ser pequeno, mas ele não é nem um pouco frágil. Ele é resistente e forte, desconfiado com estranhos. Ele faz amigos, mas não antes de certificar-se que um indivíduo não representa uma ameaça. O Lhasa Apso tem uma tendência natural para ladrar o que faz dele um excelente cão de alerta, porém recomenda-se que seja educado desde novo para que não se torne um latidor o que pode causar problemas com os vizinhos.
Lhasa Apso é um cão bastante autónomo e independente o que pode dificultar o treino. O dono deve impor a sua dominância desde cedo e manter um treino consistente. Não é considerável um cão sociável e não lida bem com outros cães. O Lhasa também não é recomendado para crianças muito pequenas de quem provavelmente fugirá.
O Lhasa gosta de ficar perto de sua família, seguindo e participando das atividades da casa, porém ao contrário de outras raças de cães de companhia, por causa de sua natureza independente, ele fica bem quando deixado sozinho em casa para quantidades razoáveis de tempo. O Lhasa não costuma sofrer de ansiedade de separação, sendo indicado para pessoas que trabalham fora ou passam um bom tempo fora de casa.
O Lhasa não é um cão muito ativo, nem precisa de muito exercício para drenar-lhe a energia, mas aprecia pequenos passeios e brincadeiras, o que já será suficiente para que tenha um comportamento equilibrado.
O Lhasa Apso de modo geral e desde que vacinado e vermifugado corretamente, goza de boa saúde, porém como outras raças está predisposto a certos problemas de saúde sendo que os relatados com maior frequência são:
Displasia Renal - (Familial displasia renal Inherited) Este é um defeito genético ou do desenvolvimento dos rins, que são notavelmente pequenos e de forma irregular. A doença varia em gravidade: filhotes severamente afetados tem sede excessiva além de serem pequenos para sua idade, e que muitas vezes sofrem de insuficiência renal. Cães afetados ligeiramente, podem não apresentar sintomas. Existe tratamento, mas o cão estará sempre em risco de vida por conta da insuficiência renal.
Ceratoconjuntivite seca - Vulgarmente conhecida como olho seco, esta é uma inflamação do olho que ocorre quando a produção de lágrima é deficiente. O sintoma, o olho produz uma secreção amarela pegajosa, pode ser confundida com conjuntivite. O tratamento inclui medicação, lágrimas artificiais, e às vezes cirurgia;
Conjuntivite – Na maioria das vezes causada por irritação de contato dos olhos com os pelos, neste caso basta prender os pelos da franja ou mantê-los aparados;
Dermatites – Em função de sua grande quantidade de pelos os Lhasas tem uma predisposição natural para este tipo de problema, o dono deve ficar sempre atento ao aparecimento de pontos avermelhados na pele do cão, bem como da coceira excessiva e a presença de caspa, nestes caos vá logo ao veterinário, para determinar o que de fato ocorre.
Alergias - são doenças comuns em cães, e o Lhasa Apso não é exceção. Existem três tipos principais de alergias:
1 -
Alergias alimentares, que são tratados através da eliminação de certos alimentos da dieta do cão;
2 -
Alergias de contato, que são causadas por uma reação a uma substância tópica, tais como roupas, pós, pulgas, xampus, e outros produtos químicos;
3 -
Alergias inalantes, que são causadas por alérgenos transportados pelo ar, tais como o pólen, pó, e bolor. O tratamento varia de acordo com a causa e pode incluir restrições alimentares, medicamentos e mudanças ambientais.
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